quinta-feira, 18 de junho de 2009

Como me sinto... "Tudo por um filho"


" A infertilidade dói! Dói o vazio, os planos estragados, o silêncio no lugar do barulho. Dói a ilusão vivida, mês após mês, ao preço de uma desilusão.

Doem as palavras, as perguntas, o saldo sempre negativo na contribuição genealógica. Não é um membro amputado, um ente querido que se chora, mas é uma dor intensa, vivida na mais profunda das solidões. (...) Sobram-lhes [aos casais inférteis] muito mais horas, não são prisioneiros de um tempo que nunca chega para nada, não têm de estar preocupados com os horários dos colégios, com as mudas de roupas, com os trabalhos de casa dos filhos.

E isso, que até pode parecer bom, dói. Porque também são estes casais que não têm fotografias para mostrar, que não vibram com a primeira palavra do bebé, que não partilham as tarefas da escola, que não se envaidecem com a primeira manifestação artística do rebento.

E como a paternidade é um código quase comum, aos casais inférteis resta o silêncio: não têm filhos para mostrar, nem as suas habilidades ou fraquezas para partilhar. E isso dói."


3 comentários:

  1. olá tania. realmente doi muito e apesar de eu ja ter um rebento ainda me lembro do que sofri e passei para o ter, e ainda hoje quando falo nisso me doi e sei que ninguem entende so mesmo quem passa.um beijo muito grande e força na tua luta

    ResponderEliminar
  2. Sem dúvida que doi. Mas tb posso dizer que como estou prestes a iniciar um novo tratamento, o sofrimento está fechado numa caixinha. Cá fora paira o optimismo, a expectativa e a esperança!
    Espero que tb consigas encher-te de energias positivas ;)

    ResponderEliminar
  3. oiii!!!é isso ai força esperança e a gloria pra nossas vidas...abraço grande.

    ResponderEliminar